Xochimilco e Coyoacán, dois bairros imperdíveis na Cidade do México

Depois de quase duas semanas viajando pelo México, voltamos ao Distrito Federal e fomos visitar o Mercado de Flores de Xochimilco. E que lugar lindo, é um dos lugares mais turísticos de toda a cidade, vale a pena a visita. Além desse passeio, visitamos outros lugares e o melhor é que navegamos pelo rio com as famosas “trajineras”, que são as embarcações que levam nome de mulheres. O passeio durou mais ou menos uma hora, tivemos a oportunidade de interagir com as outras pessoas, e já se vê que é um lugar muito festivo e alegre, as pessoas vão celebrar aniversários, casamentos e o passeio de domingo com a família.

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Trajineras em Xochimilco e piñata mexicana no mercado de Coyoacán.

Várias trajineras levam mariachis e cantores populares, portanto será fácil fazer o passeio com alguma música de fundo. A escolhida foi a de nome Brenda! Além de Xochimilco, conhecemos Coyoacán que agora faz parte também da região metropolitana da Cidade do México. Esse bairro é famoso, pois é onde a pintora mexicana Frida Kahlo morava com o seu marido Diego Rivera. Lá conhecemos além da Casa Azul, residência dos dois, os Mercados de Coyoacán, o Estádio Olímpico de 1968 (que já citei no post anterior sobre os estádios e a Plaza de Toros) e outra zona Arqueológica bastante importante, mas pouco divulgada.

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Xochimilco é uma das 16 áreas do Distrito Federal, fica na parte sul, bem ao lado de Coyoacán. É um local muito conhecido pelos canais, pois ali está o lago Xochimilco, famosa atração turística, repleto de turistas, famílias, festejos, é realmente uma festa!

Os canais são particularmente populares nos finais de semana e feriados, muitas famílias mexicanas e turistas alugam barcos, que podem incluir serviços de música e comida. E como ser chique é pouco, ali também foram disputadas as competições de canoagem nos jogos Olímpicos de 68. Eu adorei passar o dia por lá, comemos, compramos e me senti mais incluída na cultura mexicana. Ali também dá pra ver a apresentação dos voladores, os mesmos que vimos em frente ao museu de Antropologia.

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De lá fomos a Coyoacán que é uma das áreas mais populares fora do centrão do D.F, perto da região está a Televisa, e várias cenas das novelas são gravadas por ali pelas redondezas. Coyoacán significa “lugar de coiotes” é bem por isso que o símbolo do metrô na entrada da cidade é um coiote. É também famoso pelo seu centro histórico, os seus museus, entre os quais o Museu Frida Kahlo e o Museo León Trotsky, teatros independentes e bares, bem como por ser onde se encontram a Cidade Universitária da UNAM e o Estádio Azteca.

Passamos o resto do dia pelas feiras e encontramos um restaurante muito bacana próximo ao museu da Frida. É fácil pensar que estamos em alguma província do interior como Puebla ou Guadalajara; Coyocán não se parece em nada com a movimentada Cidade do México!

Museu Frida Kahlo, la casa azul

A princípio pensei que o Museu Frida era sobre as obras da autora, mas ele é mais relacionado às roupas e aos objetos pessoais da grande artista mexicana. Mesmo assim, é um grande passeio que merece ser visto.

Não é permitida a entrada no museu com mochilas ou sacolas, portanto é preciso deixá-las nos “lockers” que eles oferecem, lá também você irá encontrar um loja com preços não tão convidativos, mas com algumas coisas que valem a pena comprar. Gostei muito desse museu, e espero na próxima vez visitar o museu de Diego Rivera; a casa da Frida também é chamada de Casa Azul, uma das cores preferidas da artista que tinha até o seu azul próprio nas telas.
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O museu fica na rua Londres 247 ali mesmo em Coyoacán, um dos bairros mais tradicionais. O museu também conhecido como La Casa Azul é um dos lugares mais representativos e culturais da região, a família Kahlo tem esse local desde 1904 e somente em 1958 que a casa virou o famoso museu. Nos quartos é possível ver as roupas, acessórios, os móveis, praticamente tudo da pintora. Algumas telas são realmente chocantes e nelas você vê o sofrimento da pintora.

É necessário pagar uma permissão especial para tirar fotos do interior da casa. Todas as camas que Frida usou, quando sofreu o acidente, estão por lá.
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Todos os cômodos são milimetricamente inspirados na pintora, é como viver a vida de Frida estando em sua casa. Antes de morrer, o próprio Diego Rivera pediu a Dolores Olmedo que quando ele e Frida morressem que ela transformasse a casa em um museu e assim foi feito.

Pra chegar até o museu desça na estação do metrô Coyoacán e caminhe em direção reta por pelo menos uma meia hora, ou então como já indiquei use o Turibus, que é o ônibus turístico da cidade, uma boa opção pra quem quer economizar. O valor da entrada é de 140$ (pesos mexicanos) e paga-se mais 70$(pesos mexicanos) pra tirar fotos no interior da casa.
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A nossa visita ao museu foi um dos últimos passeios que fizemos em Coyoacán e de lá voltamos para o nosso hotel e terminamos a noite em um dos bares mais legais da Colônia Condesa! Essa viagem foi sem dúvida uma das melhores e até hoje me pego recordando vários momentos.

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Estádios, Olímpico e Azteca e a Plaza de Toros

Nos últimos dias, fizemos um passeio que eu gostei bastante! Contratamos uma van que nos levou a vários pontos turísticos longe do centro. Visitamos os estádios, o Azteca, e o Olímpico, além da Plaza de Toros. Logo depois também fomos a Coyocán, ao mercado, a Xochimilco, local incrível onde estão as “trajineras”, as embarcações flutuantes e por último alguns museus e a Casa da Frida Kahlo! O estádio Olímpico Universitário pertence à UNAM, a Universidade Autónoma do México, passamos inclusive pela universidade e tive a oportunidade de ver a incrível biblioteca, sim a famosíssima biblioteca cheia de caracteres e motivos indígenas. Pra quem não tem ideia, esse estádio foi a sede dos Jogos Olímpicos de 1968, portanto, um marco histórico para o país. Já o estádio Azteca, esse todo mundo já ouviu falar, afinal o Brasil foi tricampeão mundial de futebol em 1970! Ele já foi considerado um dos maiores da América de cima, ali também já foram gravados vários filmes, shows e programas de TV!

Ele foi construído em 1962 justamente para abrigar a Copa de 70, foi o único estádio no mundo a abrigar duas finais de copas mundiais, a final de 70 e a copa de 86! O Maracanã não conta, pois foi totalmente reformado e entrou esse ano é claro!

Esse estádio é tão mítico que ele consagrou os dois maiores jogadores de futebol mundial, Pelé em 70 e Diego Maradona em 86, que sortudo os mexicanos, não! Atualmente, o América Futebol Clube é o dono do estádio, além de ser é claro a casa/sede da seleção mexicana de futebol.

Já falando sobre a Plaza de Toros, essa é a terceira que visito! Felizmente as da Espanha foram desativadas, mas essa do México ainda vive as trágicas touradas. Ali nasceu um dos grandes do cinema mexicano, o famoso el torero payaso, Cantinflas!

A Plaza de Toros de México fica na Ciudad de los Deportes, pertinho do estádio Azul, ela é conhecida internacionalmente como La Monumental. Assim como o estádio azteca, também é palco de shows e gravações para a TV, ali foi palco dos últimos shows de grande bandas mexicanas como Caifanes, El Tri e a argentina Soda Stereo, além das inglesas Muse e Coldplay! História é pouco!
Nos próximos posts mais de Coyocán e Xochimilco que são os lugares mais mexicanos da Cidade do México!

Um resumo por Acapulco, capital do estado de Guerrero

Depois de alguns dias no Distrito Federal e em Guadalajara, chegamos a outra famosa cidade no México, no estado de Guerrero, um dos balneários mais famosos do país, Acapulco.

Ficamos 4 dias, o lugar é lindo, e as praias idem! O hotel é realmente ótimo, a verdade é que é um pouquinho antigo, mas o serviço é muito agradável, além é claro dos funcionários, muito prestativos e queridos. Depois farei um post específico sobre o Hotel Crowne Acapulco. Passamos muito tempo na piscina, pois eu nunca vi um lugar tão quente, ficar na praia é quase impossível, a água é tão quente quanto a do chuveiro, é algo surpreendente.

Além disso, fomos até o Emporio Hotel Acapulco, que é o famoso hotel onde foram gravadas as cenas do seriado mexicano, El Chavo del 8 e Chapulín Colorado (Chaves e Chapolim no Brasil), o local fica ao lado do hotel onde estávamos hospedadas, e pra terminar o dia, fui com a Fernanda até uma loja de discos e fiquei enlouquecida com os CD’s de rock latino, queria comprar todos, mas estavam tão caros que desisti, e comprei só dois, um do La gusana ciega e outro do Caifanes.

 
O balneário é um dos principais destinos turísticos do país, a baía foi batizada com o nome de Santa Lúcia, correspondente ao dia de seu descobrimento pelos navegantes espanhóis. Acapulco se divide em três grandes zonas turísticas conhecidas como: Acapulco Tradicional, Acapulco Dourado e Acapulco Diamante.
A palavra Acapulco provem do náhuatl (língua dos índios) e significa ácatl “carrizo ou cana”, “poló” (destruir ou arrasar) e “co” (povo ou lugar), o que em conjunto quer dizer “No local foram arrasados e destruídos os juncos”.
Os nomes mexicanos são incríveis, cheios de história e mistério.

Continue Lendo “Um resumo por Acapulco, capital do estado de Guerrero”

Hotel Casino Plaza, o hotel não cassino de Guadalajara

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Pra falar a verdade, quando fiz as reservas pra esse hotel em Guadalajara, eu não esperava muita coisa, assim como o de Acapulco! E também pensei que o próprio era um Cassino, mas na verdade não é! Eu gostei bastante desse hotel e com certeza voltaria, inclusive marcamos os passeios para Tequila e arredores com uma agência de lá. Passamos 4 dias em Guadalajara e 1 em Tequila, eu moraria fácil nessa cidade. O Hotel Casino Plaza foi muito agradável, os funcionários são ótimos e o café da manhã mexicano muito bom, assim como o hotel de Acapulco, este não é um hotel tãoooo moderno, dá pro gasto! 
O hotel tem uma excelente aparência interior, com tudo bem limpo, bem arrumado e com jeito de ter sido recentemente reformado. Ficamos no 4o. andar, o quarto não é muito amplo, mas é bem montado e tudo bem distribuído e impecavelmente limpo. Muito central, perto de tudo e de fácil acesso, bem localizado, com ótimo atendimento e boas cervejas no bar/restaurante. Indicado para famílias, casais ou mesmo em uma viagem sozinha, ali perto estão mercados e lojas de conveniência tipo Oxxo ou 7Eleven (saudades) e também é próximo do Centro Histórico da cidade, fomos andando todas as vezes. A decoração é linda, bem tradicional e mexicana.

As dependências são condizentes com as fotos exibidas no site oficial do Hotel. Todos os funcionários são muito rápidos e eficientes em cumprir as tarefas e estão sempre dispostos a ajudar, o WIFI é grátis, eles oferecem água mineral e adorei as instalações, principalmente o chuveiro e a cama, que é enorme! O preço foi muito barato, pagamos algo como 70R$ a diária para um casal, no quarto da minha irmã e minha prima eram duas camas de casal enormes e elas pagaram 50R$ a diária pelo quarto! Valeu incrivelmente a pena!

Nos próximos posts falo mais sobre a cidade de Tequila, ali conhecemos duas Cavas tequileras incríveis, a 3 Mujeres e a famosíssima José Cuervo!
Endereço: Pedro Moreno 726 Downtown, Guadalajara 44100, México
Para saber mais informações e reviews do hotel é só ir até o trip advisor: 

Museu de antropologia e o bosque de Chapultepec

Esse museu conseguiu bater o meu primeiro museu da lista que era o British Museum de Londres. Sem dúvida, é o museu mais completo em que já estive, e olha que ele é focado somente na cultura pré-hispânica mexicana. Já tive a sorte de conhecer vários museus pelo mundo, e este é um dos melhores. As salas Mexica, e Teotihuacana são de um detalhismo impressionante. A Piedra del Sol é um show à parte, e praticamente todas as salas têm algo especial e inconfundível. A fonte da entrada é magnífica.

Peças que eram utilizadas no jogo de futebol dos aztecas, detalhe que as cabeças passavam por ali.

O Simon se divertiu bastante e não queria deixar o museu de jeito nenhum, por ele voltaríamos no dia seguinte e no próximo. Neste museu você conhecerá mais da cultura do México e de suas civilizações, indico conhecer Teotihuacán e logo depois desfrutar do museu. O único problema é que em somente um dia não conseguimos ver tudo, assim voltamos no outro dia. Esse é um passeio que merece ser visto e revisto sem sombra de dúvidas.

São muitas salas, peças e artefatos de luta e caça, tudo muito detalhado e impressionante.

Algumas vezes é possível ver exposições itinerantes, a arquitetura do museu é espetacular, comprei algumas coisas na lojinha do museu e não me arrependi, eles oferecem algumas peças para coleção e muitos produtos artesanais. É obrigatório deixar a mochila no guarda-volumes, mas é tudo tranquilo e eles não cobram nada por isso. Não esqueça de colocar esse museu na sua lista quando visitar a Cidade do México, realmente não irá se arrepender.

Piedra do Sol, irmã, prima e marido na entrada do museu e os voladores de Paplanta. 
O valor do ingresso foi 57$ pesos mexicanos, bastante barato pelo que ele oferece.

São muitas as fotos que tirei por lá, algumas da Pedra do Sol azteca, e algumas da Sala Mexica, Teotihuacana e Tolteca. O Museu está localizado no Paseo de la Reforma bem no bairro de Polanco, fica próximo ao Bosque de Chapultepec, que em Nahuatl significa “colina do gafanhoto”, é uma grande colina no limiar da zona central da Cidade do México, encontra-se num dos extremos do Paseo de la Reforma.

Essa região é uma zona turística muito especial para os mexicanos e que data da era azteca, civilização que, na parte central da colina, se estabeleceu por volta do século XII, inclui-se o Bosque de Chapultepec que é o maior parque urbano da América Latina, onde se encontra também o Castelo de Chapultepec.

Detalhes e mais detalhes das salas no museu de antropologia, o “rei” e suas pedras preciosas cravadas pelo corpo.

O Castillo de Chapultepec é comparável em suntuosidade aos palácios da Europa, ali viveram o imperador Maximiliano e a imperatriz Carlota do México, é onde está também o Museu de História Nacional. O parque engloba também o Zoológico de Chapultepec, o parque de diversões La Feria e o Museu Nacional de Antropologia. Nesta área já foram encontradas ruínas de urnas funerárias do estilo Teotihuacán datados de cerca do século IV.

Diz-se que Huemac, o último imperador dos Toltecas, passou os seus últimos dias numa caverna em Chapultepec, após a queda da cidade de Tula. No século XIII, ele alojou os Mexicas, até que uma aliança Tepaneca que incluía Culiucán, Xochimilco e Azcapotzalco os forçou a sair do território. Uma das coisas que eu realmente acho incrível são os nomes mexicanos, eles são de uma suntuosidade e elegância sem tamanho.

Zoológico e a área do parque urbano de Chapultepec.

À época em que Tenochtitlán era a capital dos Astecas, a cidade ligava-se à Chapultepec por meio de um banco de areia, os líderes astecas tornaram a colina e a floresta circundante na sua escapatória real. O poeta-rei Nezahualcóyotl aqui construiu um palácio no século XV, bem como um aqueduto para transporte de água potável para a capital asteca. Hoje em dia, ainda se pode admirar uma escultura de Moctezuma I, embora em mau estado, cravada numa rocha de Chapultepec, perto da caverna onde, alegadamente, viveu Huemac.

Foi o rei espanhol Carlos I que declarou esse lugar como reserva natural em 1537. Durante a época colonial espanhola, os vice-reis da Nova Espanha estabeleceram o seu palácio no topo da colina, demolindo as estruturas pré-colombianas durante o processo. Mais tarde, em 1784, se construiu um castelo vice-real maior, o castelo de Chapultepec, como é conhecido hoje em dia. Nesse dia aproveitamos e conhecemos ainda o Bosque, o Castelo, o Zoológico e dois museus próximos, o de Artes e o de Antropologia.

Ali em Chaputelpec é um dos locais que as famílias mexicanas se reúnem, aproveitam os dias ensolarados e chuvosos, se confraternizam, é tocante ver como o parque lota e pode-se ver gente de todas as idades e condição social; nesse mesmo dia a chuva nos pegou desprevenidos e tomamos um baita banho, mas no final valeu muito a pena passar o dia inteiro passeando por lá.

Nota: Esse parque é gigantesco, portanto é bom se programar para aproveitar tudo o que ele tem a oferecer.